Mapeamento Social e Capacitação de Povos Indígenas

O UFPA Comunidade dessa semana fala sobre o projeto de extensão da UFPA: Mapeamento Social e Capacitação de Povos Indígenas.

A necessidade de se reconhecer e valorizar as comunidades indígenas e seus territórios, processo marcado pela luta e mobilizações históricas dos próprios povos indígenas revelam uma demanda social imediata para que se criem meios para auxiliar esses povos tradicionais em suas reivindicações. Movido por essa causa importante o projeto de extensão “Mapeamento social como instrumento de gestão territorial contra o desmatamento e a devastação: Processos de capacitação de povos indígenas na região do baixo Tapajós no estado do Pará”, integrante do programa Nova Cartografia Social, que tem como objetivo oportunizar a auto cartografia dos povos e comunidades tradicionais na Amazônia.

O projeto de extensão executado em 2015, sob a coordenação da professora Solange Gayoso da Costa trabalha com a cartografia social por território, em parceria com o Conselho Indígena Tapajós Arapiuns (CITA) e todas suas aldeias conveniadas. No programa, a professora falou sobre a proposta do projeto que realiza uma pesquisa aprofundada sobre o território ocupado por essas comunidades que ainda não são reconhecidas como indígenas pelo governo brasileiro e nem tem seus territórios demarcados como terra indígena. O mapa auxilia no processo de afirmação da identidade desses povos e auxilia na luta pelo reconhecimento do território.

A estudante do curso de Serviço Social Milena Santana, bolsista do projeto, falou um pouco sobre como faz a conexão de seus conhecimentos na sua área de estudos com as atividades do projeto “Quando a gente tem a oportunidade de entrar em contato com essas temáticas que não são tão comuns no Serviço Social a gente consegue perceber a importância do assistente social, a inserção da profissão em outras áreas é muito interessante e amplia nossas possibilidades. E ter a oportunidade de trabalhar com esses povos de comunidades tradicionais e perceber nossa atuação na garantia dos direitos, territoriais, do acesso a políticas públicas é um trabalho muito bom”, observou.

Dentre as ações do projeto estão a de divulgação dos resultados de suas pesquisas, oficinas de cartografia para a elaboração dos mapas por comunidades e mapas por territórios dessa nova cartografia e também outros materiais pedagógicos para auxiliar, inclusive, na educação das crianças e futuras gerações desses povos.

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