UFPA Paralímpica

“UFPA Paralímpica”

UFPA Comunidade

Rádio Web UFPA

UFPA Paralímpica é o projeto de extensão em destaque nesta edição do UFPA Comunidade. A jornalista Elissandra Batista conversa com a professora Marília Magno, coordenadora do projeto. E, também, com as atletas paralímpicas Margô Almeida e Fernanda Figueiras. Elas participam da iniciativa que busca auxiliar o desenvolvimento do esporte para pessoas com deficiência, por meio de atividades multidisciplinares em diversas áreas do conhecimento científico.

No programa UFPA Comunidade, a idealizadora e coordenadora conta um pouco da história de implantação do UFPA Paralímpica. “Desde 2014, eu tinha o sonho de desenvolver esse projeto dentro da Universidade. Porém, eu só consegui estabelecer junto com um amigo meu, o professor Anselmo Costa e Silva, da Faculdade de Educação Física, e que é o vice coordenador do programa que iniciou em 2019”.

Com a pandemia, o UFPA Paralímpica retornou em 2022 já em formato de programa, e, assim, envolvendo vários projetos, espacialmente, nas áreas de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, voltadas para o esporte e o desenvolvimento de tecnologia assistiva.

“É importante ressaltar que nós temos portas abertas para qualquer área da ciência, como para as engenharias e arquiteturas, para tratar das questões de acessibilidade dos espaços de lazares e esportes para pessoas com deficiências. Temos áreas de engenharias que são amplas e que são absorvidas dentro do esporte paralímpico”, destaca a professora Marília.  

Além disso, o UFPA Paralímpica possui um ampla rede de colaboradores do esporte paraolímpico. Parcerias que servem como combustível para avançar e alcançar cada vez mais pessoas. E entre os diversos parceiros estão os projetos Clube de Futebol de Cegos do Pará (CFCP), e o Marear, que utiliza a canoagem para falar de sobrevivência e relações humanas.

“Tudo mudou em minha vida, foi um renascimento lidar com a natureza porque acham que o deficiênte tem que ficar dentro de casa. Então uma pessoa de fora da família pegar você e trazer para o esporte é magnifíco, eu nunca tinha entrado em uma canoa”, relata Margô Almeida, deficiente visual e atleta da modalidade canoagem. “Gente é uma coisa nova, do momento que eu sentei ali eu disse não saio mais. Você saber a direção do sol a direção do evento, é maravilhoso. A canoagem pra mim foi renascimento”  

Da modalidade atletismo, Fernanda Figueira também é estudante de Direito da UFPA. Ela conta que conheceu o esporte ainda no ensino médio por meio do projeto Paralimpíada Escolares. Para Fernanda, além do esporte permitir novos caminhos, para as pessoas com deficiência proporciona autoestima e empoderamento. Mas, para isso, é essencial ter a conscientização da sociedade para desmitificar os preconceitos que ainda impedem muitas pessoas com deficiências de terem e viverem em liberdade.  

“Eu cresci em mundo falando para mim isso aqui você não pode fazer porque cego não pode, mas isso aqui você pode. E foi quando a professora Kátia Tadaiesky, do projeto Paralimpíada Escolares, me mostrou que, com adaptações e auxílios, eu posso fazer tudo que eu quiser”, ressalta Fernanda Figueira.

Atualmente, o programa UFPA Paralimpica oferece diversas modalidades, sendo esgrima em cadeiras de rodas e o tiro com arco os esporte mais procurados. Multidisciplinar, o projeto assume um papel fundamental em trazer alunos de diferentes áreas que tenham interesses na temática de esportes para pessoas com deficiência.

“Por exemplo, na área da Comunicação, os alunos de Publicidade da oficina de Criação da Facom, participam e estão envolvidos conosco, para começar a pensar uma comunicação mais acessível para as pessoas com deficiências. E, assim, vão ser profissionais que vão ter uma experiência que algumas pessoas não vão ter. E, isso, a gente transfere para qualquer área”, explica a coordenadora do projeto. 

O projeto UFPA Paralímpica funciona no laboratório de Atividade Física Adaptada, localizado no Ginásio Esportivo da UFPA. Dentre as modalidades ofertadas estão Esgrima em Cadeiras de Roda, Tiro com Arco e Bocha, além de outras modalidades realizadas em parceria com a CFCP (Clube de Futebol de Cegos do Pará), para saber mais detalhes não perca UFPA Comunidade.             

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