Educação popular e cidadania

Durante muito tempo, a educação foi considera por muitos especialistas como um processo restrito aos ambientes institucionais, incluindo escolas e universidades. No entanto, segundo o escritor e pensador Carlos Rodrigues Brandão, a educação não deve se limitar a domínios restritos e o ensino deve se adaptar ao contexto social e ao cotidiano do aluno.

Para Paulo Freire, um dos mais renomados pedagogos brasileiros, o termo “popular” se refere a alguém oprimido, que vive sem exercer cidadania e que está fora de posse dos bens produzidos pelo sistema econômico e político estrutural. Sendo assim, a Educação Popular seria um novo método de ensinar, onde as formas de aprendizado seriam baseadas na participação dos alunos junto ao professor e em diálogos focados em empoderar e reconhecer os saberes e costumes do povo.

A partir de um diálogo entre a comunidade e o educador, novos conhecimentos são adquiridos e é possível se construir uma nova realidade social. Valorizar costumes e saberes são essenciais para a construção de novos pensamentos na sociedade brasileira. E é exatamente isso o objetivo da educação popular.

De acordo com a professora Vera Dantas, a educação popular vai além de uma nova forma de pensar a educação. Para ela, “a educação popular é um movimento político, uma proposta de educação libertária. Essa proposta vai pensar que a educação é um caminho onde a produção dos processos pedagógicos partem da experiência. E ele parte da experiência ao problematizar a realidade em que as pessoas vivem e sem desconsiderar as suas histórias e tradições, ajudando a fortalecer seus pensamentos críticos e construir emancipações”.

A explicação da educadora Vera Dantas está nesta edição do UFPA Debate que discute Educação popular e cidadania. Além de cenopoeta, Vera é idealizadora do projeto Cirandas da Vida e do espaço Ekobé . Também é construtora da Articulação Nacional de Movimentos e Práticas de Educação Popular em Saúde (ANEPS). O Programa também conta com a presença do cenopoeta Ray Lima, o ator e educador é fundador do Movimento Escambo Popular Livre de Rua. O Debate tem ainda a participação da psicóloga Larissa Medeiros, integrante do coletivo Viramundo, um dos parceiros do projeto de extensão da UFPA denominado Brinquedos de Saúde: ludicidade, lazer e educação popular para a produção de cidadania e saúde mental.

Para entender a importância da Educação Popular no processo de cidadania, não perca esta edição do UFPA Debate!

Apresentação: Elissandra Batista
Produção e roteiro: Giullia Moreira
Gravação e montagem: João Nilo Ferreira
Supervisão e edição: Elissandra Batista e Fabrício Queiroz
Foto: Gilberto Guimarães Filho

O programa UFPA Debate vai ao ar todas as segundas-feiras, às 10h e 21h.
Horários alternativos: quarta-feira, 19h / Sábado, 11h.

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