Neste programa, tratamos das Experiências, desafios e resultados do Ensino Remoto na UFPA. A entrevista é com a pró-reitora de ensino de graduação, Marília Ferreira.
Em 24 de agosto de 2020, o Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFPA (Consepe), aprovou a oferta do Ensino Remoto Emergencial (ERE) para que as atividades de ensino da Instituição fossem retomadas no formato virtual durante a pandemia de Covid-19.
A pró-reitora lembra que, no início da pandemia, com as atividades presenciais suspensas e com o lockdown da maioria das cidades que abrigam campus da UFPA, os órgãos universitários responsáveis começaram a se preparar para a realidade de um ensino remoto. Na época, foram feitos levantamentos e pesquisas com alunos e professores para recolher posicionamentos e opiniões sobre a oferta de disciplinas de maneira virtual, além do mapeamento das necessidades da comunidade acadêmica para que as aulas pudessem ocorrer nesse novo modelo.
“A partir disso, trabalhamos para uma revolução no ensino remoto emergencial, e podemos dizer que muitas das atividades previstas para o ano de 2020 não ficaram totalmente paradas, mas foram contempladas nessa nova forma de atender os estudantes e fazer o ensino superior no Estado do Pará”, completa Marília Ferreira.
Com 80% de estudantes provenientes de classes populares, a UFPA encontrou formas de implementar o ERE e incluir a comunidade discente. Nesse sentido, foram lançados, por exemplos, editais de apoio para realizar a doação de equipamentos, como tablets, notebooks e chips com dados móveis para internet.
A Pró-reitoria de Ensino de Graduação (PROEG), a Superintendência de Assistência Estudantil (Saest) e outras unidades também dedicaram atenção especial aos estudantes imigrantes e às pessoas com deficiência, bem como aos docentes que puderam contar com capacitações para viabilizar a instrumentalização tecnológica nesses novos ambientes de ensino.
Em março de 2021, a PROEG criou, ainda, o grupo de trabalho de monitoramento da graduação para conhecer mais à fundo a realidade vivenciada nos cursos. Por meio de reuniões com diretores e coordenadores das faculdades dos 12 campi da UFPA, o GT busca ampará-los nas suas necessidades mais urgentes em relação ao ensino remoto.
Para Marília Ferreira, uma das maiores dificuldades enfrentadas envolvem as disciplinas teórico-práticas, que não podiam ser realizadas em decorrência da pandemia. Mas, com a recente adoção do bandeiramento verde na instituição, o sistema de aulas híbridas, com atividades presenciais que permitem 50% da capacidade original, tende a ser a nova realidade, principalmente por conta do avanço da vacinação.
“O grupo de trabalho busca resolver questões como evasão de alunos. Embora o ensino remoto não tenha sido obrigatório, ele foi cumprido por muitos. Há projetos de pesquisa em andamento e contamos com índices relativamente bons perto do que é uma realidade pandêmica”, avalia a pró-reitora.
Para saber mais sobre as experiências, desafios e resultados do ensino remoto em mais de um ano de vigência na UFPA, confira a íntegra desta edição especial do UFPA Ensino.
Apresentação: Fabrício Queiroz
Produção e roteiro: Juliana Bessa
Gravação e montagem: João Nilo Ferreira
Supervisão e edição: Elissandra Batista e Fabrício Queiroz
O UFPA Ensino vai ao ar na quarta-feira, às 10h; na sexta-feira, às 19h; e no domingo, ao meio-dia.