No Espaço Experimental desta semana o destaque é a produção dos alunos de 2014 de Jornalismo da UFPA, com o programa Pop que é Pop, que fala sobre a linguagem paraense. As diversas formas de comunicação e intencionalidade do linguajar perpassam pela fala, vestuário e corpo, caracterizados pelas suas particularidades sociais e temporais.
O programa apresenta ainda duas vertentes musicais que marcam a cultura do estado: o Tecnobrega e o Brega dos anos 1980. Com sonoridade dançante e reflexões sobre o consumo do paraense, o Tecnobrega surgiu nas periferias da capital, trazendo canções que, geralmente, falam sobre amor, intrigas e traições. Algumas músicas são adaptações de hits internacionais que ganharam o mundo. Além disso, por muito tempo foi marginalizado e colocado no patamar da baixa cultura por carregar os símbolos das periferias.
Já o Brega dos anos 80 é considerado por muitos como a sensação das festas de aparelhagem nos dias atuais. O título de grandes músicas que embalam as festas locais, no entanto, já foi considerado por radialistas e jornalistas como um ritmo de muito mau gosto, segundo explica o professor de História da UFPA, Antônio Dias. Para ele, dizer que o Brega do passado era música de verdade está relacionado ao saudosismo das pessoas em relação ao que ficou para trás. “Tudo o que está distante da gente é bom porque já não existe mais”, afirma o professor.