Em meio à crise econômica pela qual passa o país, o aumento no índice de desemprego surge como uma consequência e um agravante. No final de 2016, o Brasil terminou o ano com cerca de 12 milhões de pessoas desempregadas, e o Pará é um dos estados que compõem esse índice. Segundo informações do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese-PA) o estado perdeu quase 40 mil postos de trabalho no balanço entre contratações e demissões durante o ano passado, representando o pior saldo negativo da década.
Dos setores produtivos da economia paraense, o que mais registrou perda de emprego foi a Construção Civil, com 697 demissões, seguido pelo Comércio (-531 vínculos) e Indústria Extrativa (-142 vínculos). Belém foi o segundo município com maior redução de empregos, sofrendo uma perda de 618 contratações, ficando logo atrás de Canaã dos Carajás, com menos 675 vínculos. Segundo dados do Informe Técnico sobre Mercado de Trabalho de 2016, divulgado pela Fapespa, os cargos em que mais houve demissões foram os de Operador de Processo de Moagem, seguido por Vendedor de Comercio Varejista e Servente de Obras.
Diante desses dados preocupantes, o UFPA Debate desta semana discute as principais perspectivas para o mercado de trabalho paraense, contando com a presença do representante do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Belém (STICMB-PA), Gilmar Piedade e do Diretor-Superintendente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Fabrizio Gualianone. No programa, os convidados abordam, entre outros aspectos, as alternativas para os trabalhadores que desejam a reinserção no mercado por meio da qualificação e do empreendedorismo.