“UFPA Ensino – Educação Midiática nas Escolas”
UFPA Ensino
Rádio Web UFPA
Educação midiática nas escolas é o tema em destaque nesta edição do UFPA Ensino, especial “Cumbuca da Ciência”, um projeto experimental realizado durante a 76ª Reunião Anual da SBPC, que ocorreu na Universidade Federal do Pará (UFPA), no período de 07 a 13 de julho de 2024.
No programa, gravado no decorrer do evento científico, a professora Rosane Steinbrenner conversa com Jorge Anderson Macedo Castro, professor da escola de aplicação da UFPA; Juliana Alves Bottechia, professora de química com doutorado em inovação pedagógica; e, ainda, com a professora Claudiane Carvalho, da Universidade Federal da Bahia e colaboradora do PPGCOM-UFPA.
No bate-papo, os convidados fazem uma importante discussão sobre os desafios da educação midiática nas escolas formais. A professora Claudiane Carvalho destaca que as mudanças súbitas de comportamento, voltadas à prática de produzir conhecimento, são métodos que precisam ser reinventados constantemente. Para ela, o corpo social está em constante processo de transformação nas mais diversas instituições. “A política, a religião, a educação, a saúde, as mais diferentes instituições passam por isso,e isso aparece nas transformações e nas práticas sociais”, comenta a professora.
Diante desse cenário de transformação que envolve a educação midiática nas escolas, o professor Jorge Anderson ressalta que não podemos viver à margem da tecnologia, mas o papel da escola vem muito hoje em dizer como usar e, principalmente, exercitar a desconexão. “Na França, por exemplo, os celulares foram banidos da sala de aula, na Finlândia também e muitos países da Europa já fizeram isso. No Brasil, a proibição de celulares nas salas de aula ocorreu no Rio de Janeiro. E a primeira medida pode ser proibir, mas a segunda tem que ser educar. Não pode ser só a proibição, então é um processo bem complexo”, ressalta Jorge Anderson.
Considerando a educação midiática como conteúdo da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a professora Juliana Bottechia afirma que, apesar do enorme desafio, é preciso pensar sobre a importância da educação midiática nas escolas como uma ferramenta poderosa de transformação, fazendo com que os conteúdos das disciplinas, também, tenham o seu lugar na vida dos estudantes, inclusive substituindo a desinformação que, muitas vezes, os alunos levam para a sala de aula.
“E substituindo pelo quê? Substituindo pela ciência, substituindo o hábito do negacionismo pelo hábito da curiosidade, o hábito de acreditar de primeira em alguma coisa que clicou e viu pelo hábito da pesquisa. Então, eu penso que talvez a educação midiática seja realmente uma ferramenta poderosa para os professores”, reforça Juliana Bottechia, professora de química que atua no Distrito Federal.
Para saber mais sobre a importância e os desafios para uma implementação efetivas da Educação midiática nas escolas, não perca esta edição do UFPA Ensino, especial “Cumbuca da Ciência”.