Conhecimento e criatividade marcam Feira Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação

Aberta para o público em geral, a Feira Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação foi visitada por diferentes públicos, sobretudo crianças e adolescentes atraídos pelas novidades científicas em exposição. Segundo a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológicas (SECTET), cerca de 15 mil pessoas visitaram as programações e estandes que apresentaram forma didática e descontraída a produção científica do estado para atrair a atenção de quem ainda está em formação.

Patrícia Guerreiro, enfermeira e mãe de Eduardo Guerreiro, de 9 anos, comenta que a feira mostrou formas interessantes de tratar das diversas áreas do conhecimento. “Nós encontramos aqui desde a parte de astronomia até questões sobre saúde, então é importante trazer nossos filhos pra mostrar uma outra didática por meio do visual”, disse.

“A gente soube da feira pelo jornal. Eu achei muito legal e queria saber mais sobre os insetos. Gostei muito de ver eles”, afirmou Eduardo. “Eu ainda não vi tudo, mas vou gostar de mais coisas.”

Para o estudante Daniel Castro, um dos colaboradores do Museu Interativo da Física da UFPA, cada público-alvo pede um estilo próprio de se comunicar. “Nós tentamos  criar um ambiente onde a criança se sinta livre pra questionar, porque muitos vêm com uma visão fechada e negativa sobre ciência. Nós buscamos fazer com que a criança e o adolescente mude seu pensamento sobre ciência, mesmo que não se torne um cientista futuramente. Queremos que eles sejam cientistas do dia-a-dia e vejam a ciência no seu cotidiano, como algo próximo da realidade deles”, explicou Daniel.

Inovação e Tecnologia – Robôs circulando pelo espaço do evento e demonstrações simples em diversos dispositivos foram alguns dos métodos utilizados para alcançar o público infanto-juvenil. Vinícius Daniel, de 12 anos, expressou interesse nos estandes. “Eu gosto bastante de ciências, de robótica. Até agora o que mais me chamou atenção foram os robôs e o óculos de miriti”, disse.

Um dos destaques da programação foi a oficina Aluno Explorador VR: Uma experiência com os óculos MiritiBoard Google, ministrada pelo engenheiro Walter Júnior. Entre os diferenciais desses óculos de realidade virtual estão a utilização do miriti como matéria prima e a possibilidade de utilização no ensino de geometria.

Além da oficina, foi realizado um aulão especial pelo ProPaz ENEM para os estudantes candidatos aos processos seletivos que estavam na feira. As programações foram feitas de forma prática de forma que crianças e jovens interagissem para um melhor aprendizado, tanto na montagem dos óculos de miriti quanto nas aulas de revisão para o Exame Nacional do Ensino Médio.

“Nós viemos pra conhecer e aprender sobre as novas tecnologias que os estandes estão apresentando. Gostei muito da oficina dos óculos de realidade virtual porque é feito com um material da nossa região”, comentou Larissa Monteiro, de 18 anos e aluna do último ano do ensino médio da Escola Estadual Dr. Ulysses Guimarães.

Larissa e seu amigo Murilo Viana, de 19 anos, compareceram ao evento por recomendação de uma professora do colégio. Ambos não pensam em seguir carreira com produção tecnológica, mas dizem que é bom conhecer novidades e saber o que está sendo produzido no Pará. “Um evento assim nos influencia muito a pesquisar mais e adquirir mais conhecimento”, destaca Murilo.

Segundo o professor de geografia Waldemir Silva, a possibilidade dos alunos de escola pública de saírem da sala de aula e ter uma experiência extraclasse é muito difícil e por isso é importante aproveitar a oportunidade. “Se fala muito que a globalização trouxe conhecimento, mas pouca gente sabe utilizá-lo ou poucos tem acesso a ele. Aqui temos professores dando aula, os estandes com alunos e profissionais explicando e aí temos a chance de fazer os alunos conhecerem mais e eles estão empolgados”, afirmou o professor.

“Acho que aqui é uma demonstração de pessoas inteligentes. É um exemplo de que nada é impossível pra nós, porque assim como eles criaram esses robôs, nós também podemos fazer. Um dia eles também foram estudantes como a gente”, disse Joel da Silva, de 13 anos, aluno da Escola Municipal de Ensino Infantil e Fundamental Rotary.

Reportagem: Giullia Moreira

Foto: SECTET / Agência Pará

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