A Universidade Federal do Pará, maior instituição de pesquisa do Norte do Brasil, realiza esta semana o 28º Seminário de Iniciação Científica.
O evento marca o encerramento de um ciclo anual do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC), em que os estudantes bolsistas apresentam os trabalhos resultantes dos projetos de pesquisa.
“Para muitos alunos, é o primeiro momento em que se faz uma apresentação oral, uma exposição em público. Isso tem um valor indescritível para o jovem e para o grupo”, comenta o pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação da UFPA Rômulo Simões Angélica.
Na abertura do Seminário, uma conferência discutiu o tema “Arboviroses epidêmicas no Brasil – Situação Atual e Perspectivas”, ministrada por Pedro Vasconcelos, pesquisador e diretor do Instituto Evandro Chagas, além de professor do Programa de Pós-Graduação em Biologia de Agentes Infecciosos e Parasitários.
A saúde, no entanto, é apenas uma das áreas em que a UFPA desenvolve pesquisas. Muitos desses trabalhos têm a participação de pesquisadores e estudantes de iniciação científica.
O pró-reitor Rômulo é uma dessas pessoas. Ele já foi bolsista de projeto de pesquisa, na década de 80, e hoje é pesquisador da área de geologia e geoquímica. Para ele, a pesquisa é indispensável para a produção de ciência e tecnologia, para o desenvolvimento econômico e social da nossa região e para a formação de uma nova geração de cientistas.
“É a base. Como o próprio nome diz [iniciação científica], o aluno vai aprender a fazer ciência, o método científico, integrar a um grupo de pesquisa, frequentar laboratórios e escrever relatórios. Esse é o início e uma complementação fundamental para a formação de recursos humanos, bem como para formação como aluno de graduação na Universidade”, explica Rômulo Angélica.
Em discurso na cerimônia de abertura, o reitor Emmanuel Tourinho afirmou que a UFPA tem buscado qualificar a iniciação científica aliada a melhoria da graduação. Um dos objetivos é envolver mais professores e alunos em projetos e no treinamento científico fora das salas de aula.
“Temos conseguido prover aos nossos alunos da iniciação científica uma formação adicional à formação curricular, que os prepara tanto para depois fazerem uma carreira acadêmica como pesquisadores ou para uma carreira profissional não acadêmica. Assim, O Programa de Iniciação Científica só nos dá orgulho e uma satisfação muito grande pelos resultados”, celebra o reitor.
Prêmio PIBIC
Este ano, trinta alunos das áreas de Ciências Humanas, Ciências da Vida e Ciências Exatas foram contemplados com o Prêmio Destaque da Iniciação Científica e Tecnológica – PIBIC de Verão.
Entre os premiados está Leonardo Rodrigues, estudante de Jornalismo e bolsista orientado pela professora doutora Netília dos Anjos Seixas, da Faculdade de Comunicação.
“O prêmio é uma iniciativa muito importante, pois reconhece os trabalhos desenvolvidos por alunos de graduação, além de ser um estímulo para a continuidade das pesquisas. Também, é importante para o intercâmbio entre as universidades do país, porque vamos viajar para uma outra instituição, onde vamos ser supervisionados durante um mês por outro professor”, afirma Leonardo.
Neste ano, a UFPA investiu cerca de 4 milhões de reais em laboratórios de ensino de graduação e já tem garantidos cerca de 3 milhões para os próximos três anos.
Só no campus de Belém, o seminário será apresentado em 102 seções, com a participação de 90 consultores internos e externos, com mais de mil exposições de trabalhos científicos, nas diversas áreas de graduação ofertadas pela UFPA.
O evento, realizado em nove dos doze campi da Instituição, segue até sexta-feira, dia 22. Para saber mais sobre as apresentações de trabalhos, acesse o site do evento.
Texto: Hojo Rodrigues
Foto: Mácio Ferreira (Ascom UFPA)