“Ativismo de Mulheres Indígenas em Ambientes Digitais”
UFPA Pesquisa
Rádio Web UFPA
Ativismo de mulheres indígenas em ambientes digitais é o tema em destaque nesta edição do UFPA Pesquisa. A convidada do programa é a jornalista Lorena Esteves, doutora em comunicação pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Cultura e Amazônia da UFPA (PPGCOM-UFPA).
Com a pesquisa intitulada “Ativismo de mulheres indígenas em ambientes digitais: diálogos sobre (de)colonialidades e resistências comunicativas”, Lorena Esteves conquistou o primeiro lugar no Prêmio CAPES de Teses 2023. Além disso, o trabalho foi destaque em mais duas premiações: o Prêmio Compolítica de Teses 2023, da Associação Brasileira de Pesquisadores em Comunicação e Política (Compolítica), e no Prêmio Intercom 2023, da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação.
Na tese de doutorado, a pesquisadora destaca o ativismo digital de mulheres que estão na linha de frente do Movimento Indígena Brasileiro, protagonizando a luta coletiva contra opressões interseccionais que atravessam seus corpos-territórios. “É uma pesquisa que nasce nesse contexto de crise e a gente traz diversos diferenciais. Um deles é a proposta teórica metodológica que faz um enfrentamento ao pensamento moderno ocidental, ou seja, pensamento eurocentrado que é o pensamento do europeu sobre quem somos e o que fazemos sobre as nossas constituições”, explica Lorena.
No UFPA Pesquisa, a jornalista também ressalta os desafios enfrentados no desenvolvimento do trabalho. “São inúmeros os desafios, acredito que um dos maiores foi entrar em contato com sujeitas e subjetividades que tem um universo cultural muito diferente do meu. Enquanto pesquisadora e mulher amazônida, eu dialoguei com diversas mulheres indígenas de vários biomas brasileiros, não são só mulheres amazônidas, e o pensamento é muito diferente do pensamento ocidental que é o pensamento que nos constitui.”
Além dos argumentos que apontam para as conclusões da tese, Lorena Esteves reforça ainda que o diferencial metodológico da pesquisa inclui a participação efetiva das mulheres indígenas em todos os processos e fases do estudo. Assim, o trabalho mostra com profundidade os desafios e as conquistas do ativismo das mulheres indígenas e o impacto desse movimento nas perspectivas e no modo de vida dos povos originários que lutam e resistem na atualidade por seus territórios e suas vidas entrelaçadas à natureza.
Para entender mais sobre a importância e as metodologias que envolvem o fazer científico, por meio dos estudos decoloniais, e, ainda, sobre o ativismo de mulheres indígenas em ambientes digitais, tema da tese que também vai ser lançada como livro, não perca esta edição do programa UFPA Pesquisa.