O tema desta edição do UFPA Pesquisa é a respeito do avanço das Mulheres na Ciência e aborda a importância de dar visibilidade a esse assunto, bem como ao processo histórico e cultural de luta por espaços e equidade, e as conquistas que vêm sendo alcançadas nessa construção.
O programa reuniu a professora Adriana Folador, que é doutora em Genética e Biologia Molecular, professora na Faculdade de Biotecnologia e foi premiada na última edição do prêmio Para Mulheres na Ciência, da L’oreal UNESCO – Academia Brasileira de Ciências (ABC). Danielle Couto, que coordena o projeto Manas Digitais e é doutora em Genética e Biologia Molecular com ênfase em Bioinformática e diretora da Faculdade de Tecnologia em Geoprocessamento, no campus da UFPA em Ananindeua. E conta também com Joyce Kelly do Rosário da Silva, doutora em Química Orgânica, membro da ABC e que também foi premiada pelo Mulheres na Ciência em 2013.
As pesquisadoras falam sobre algumas experiências no meio acadêmico e as dificuldades que envolveram suas inserções no campo das ciências biológicas e exatas pela questão de gênero, como explica a professora Joyce Silva, que é a primeira diretora mulher da Faculdade de Biotecnologia. “Durante a minha graduação em química, a gente sempre tinha, mesmo que nas entrelinhas, disputas de gênero. Alguns comentários que os meninos eram melhores do que as meninas na turma, porque as ciências exatas é uma área, infelizmente, predominantemente masculina”, diz.
Outro fator tratado pelas convidadas é a condição de serem mulheres cientistas amazônidas. Nesse sentido, elas falam sobre os desafios da pesquisa na região Norte e ressaltam a importância que iniciativas como o Prêmio da L’Oreal Para Mulheres na Ciência, vem trazendo. “Quando ganhamos um prêmio desses, isso nos dá uma visibilidade muito grande, porque ele vem reconhecer essas mulheres e os seus trabalhos e, aliado a isso, hoje também ganhamos oportunidade de aumentar a rede de colaboração. O programa da L’Oreal e da UNESCO-ABC é uma contribuição da nossa sociedade para a ciência e um reconhecimento muito grande”, explica a professora Adriana Folador.
Ainda durante a conversa, as professoras reforçam a importância da transdisciplinaridade nas ciências e como ela pode contribuir para ampliar o campo de atuação e o protagonismo feminino na pesquisa. “Essa extensão de dar visibilidade para as mulheres é muito importante, porque durante muitos anos essas mulheres cientistas ficaram invisíveis”, expressa a professora Danielle Couto sobre a necessidade de se tornar visível cada vez mais o avanço feminino nas diversas áreas da ciência.
Para saber mais sobre esse tema, sobre os projetos desenvolvidos pelas professoras que foram premiadas pela L’Oreal-UNESCO-ABC, sobre o projeto Manas Digitais que incentiva meninas que queiram seguir carreira na tecnologia e computação desde o ensino fundamental e médio, e sobre os desafios, como preconceito nítido e velado, enfrentados ao longo da vida acadêmica, não deixe de ouvir essa edição do UFPA Pesquisa.
Apresentação: Elissandra Batista
Produção e roteiro: Jamille Leão
Gravação e montagem: João Nilo
Supervisão e edição: Elissandra Batista e Fabrício Queiroz
O UFPA Pesquisa vai ao ar todas as quintas-feiras, às 10h e 21h.
Horários alternativos de exibição: sexta-feira, às 15h / domingo: às 10h