Lupicínio Rodrigues é a personalidade em destaque desta edição do Memória Musical. Gaúcho de Porto Alegre, o compositor do chamado “samba dor-de-cotovelo” escreveu vários sucessos imortalizados na história musical brasileira. Porém, nem todos foram registrados na voz dele.
Lupicínio Rodrigues começou a escrever músicas já aos doze anos de idade, compondo samba para os blocos de carnaval em Porto Alegre. Já na fase adulta, a vida do cantor foi marcada por desilusões amorosas, inspiração para as canções melancólicas, que foram características da carreira de Rodrigues.
Aos 15 anos, se alistou no exército por ordens do pai, que condenava a boemia do jovem. Em 1933, ele foi transferido de Porto Alegre para Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Foi lá que Lupi conheceu Iná, mulher por quem se apaixonou e a quem dedicou diversas músicas. Dois anos depois, Lupicínio abandonou o exército, pois queria arranjar um emprego e se casar com Iná. Porém, a vida farrista do músico impediu o casamento, e a união foi rompida.
Ainda em 1935, ele conseguiu trabalho na Faculdade de Direito, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. No mesmo ano, participou de um concurso de música popular, para celebrar os cem anos da Revolta da Farroupilha e ganhou o prêmio com a música “Triste História”.
Em 1938, Lupicínio Rodrigues emplacou o primeiro grande sucesso da carreira, “Se Acaso Você Chegasse”, interpretada por Ciro Monteiro. Com a repercussão da música, Lupi saiu pela primeira vez do Rio Grande do Sul para morar no Rio de Janeiro, em 1939.
Após décadas de trabalho e de realizações, o cantor morreu no dia 27 de agosto de 1974, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Ele foi um dos maiores representantes do samba-canção nacional, e um dos pioneiros das músicas “dor-de-cotovelo”.
Nesta edição do Memória Musical, você conhece mais da vida pessoal e artística de Lupicínio Rodrigues, além de recordar sucessos como “Nervos de Aço”, “Vingança”, ”Zé Ponte” e “Se Acaso Você Chegasse”.