Ações para pessoas com deficiência física na UFPA

Atualmente, a Universidade Federal do Pará (UFPA) registra 183 alunos com deficiência física nos mais diversos cursos de graduação e pós-graduação, especialmente, nos institutos de ciências jurídicas, ciências da saúde, além de filosofia e ciências humanas.

Uma demanda que aumenta a cada processo seletivo realizado pela Instituição que ainda enfrenta grandes desafios para acolher e incluir as pessoas com deficiência no mundo acadêmico e, consequentemente, no mercado de trabalho.

As ações voltadas para os estudantes com deficiência física estão na pauta desta edição do SAEST e Você. O bate-papo é com a professora Arlete Marinho, da Coordenadoria de Acessibilidade (CoAcess), da Superintendência de Assistência Estudantil da UFPA. E também com a terapeuta ocupacional Adriana Nascimento, coordenadora do setor de apoio aos alunos com deficiência.

No programa, a professora Arlete reforça a necessidade de estar atento ao decreto da acessibilidade 5296/2004, que considera 15 tipos de deficiência física, incluindo o nanismo. Ela também alerta para o caso de pessoas com doenças crônicas, como o diabetes, por exemplo, que muitas vezes se inscrevem no processo seletivo na cota PCD. “Alguns vestibulandos acabam se inscrevendo dentro da cota para pessoas com deficiência e inclusive se caracterizando dentro do grupo de pessoa com deficiência física, e quando ele chega na perícia da Universidade, automaticamente, é reprovado porque doença crônica é diferente de deficiência física”.

Além dos vários tipos de deficiência física apresentados pelos alunos da UFPA, as convidadas destacam as diversas ações realizadas pela CoAcess para a acessibilidade e inclusão desses estudantes. Um exemplo é o projeto Infra-acessível, realizado em parceria com os institutos e a prefeitura da UFPA, para a ajudar na superação das barreiras de mobilidade, incluindo a estruturação do mobiliário com adaptações dos espaços físicos.

Outro destaque no programa, é o acompanhamento pedagógico ao longo do curso, como reforça Adriana Nascimento, “vão ter dificuldades que no início o aluno não vai poder identificar porque ainda não vivenciou essa realidade acadêmica, então são feitos atendimentos de acompanhamento para verificar o andamento nesse percurso”.

E para superar as barreiras atitudinais, que são as que mais dificultam a permanência dos PCDs nos cursos superiores, também são feitas intervenções na sala de aula caso seja necessário para garantir a inclusão. “Nós já tivemos várias situações em que foi necessário irmos fazer formação para o professor e também para os colegas em sala de aula, mas nós só fazemos isso com a autorização do aluno com deficiência”, afirma Arlete.

Em 2018, a UFPA também implantou o chamado “Pibic PCD”. Inicialmente foram dez vagas para professores que tinham interesse em selecionar pessoas com deficiência como aluno Pibic. “Isso a gente considera como um grande avanço na instituição” comenta Arlete, ressaltando a importância da inclusão dos alunos com deficiência nos projetos de extensão e pesquisa da UFPA.

Para saber mais sobre as ações voltadas para as pessoas com deficiência física na UFPA, não perca essa edição do SAEST e Você.

Apresentação: Elissandra Batista
Produção e reportagem: Bruna Ribeiro
Gravação e montagem: Karla Guimarães
Supervisão e edição: Elissandra Batista e Fabrício Queiroz

O SAEST e Você vai ao ar todas as quintas-feiras, sempre às 12h e às 18 horas, e também nos horários alternativos: sábado, às 10h; segunda, às 12h, e as terças-feiras, às 18h.

O programa é uma realização da Rádio Web UFPA, projeto de extensão da Faculdade de Comunicação (FACOM), em parceria com a Superintendência de Assistência Estudantil (SAEST).

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