Bacias Hidrográficas são áreas de convergência de águas superficiais, como chuvas, águas de montanhas e subterrâneas, ou de outros rios menores que passam pela região. Essas águas, de diversas fontes, deságuam em um ponto principal que geralmente se encontra no local mais baixo da paisagem em questão.
A Bacia Hidrográfica Amazônica é a maior do Brasil e do mundo. Ela abrange não só os espaços brasileiros, mas também outros países da América do Sul como Peru, Colômbia, Equador, Venezuela e Bolívia. O espaço total ocupa cerca de 7 milhões de quilômetros quadrados.
Nesse contexto, o Rio Tucunduba surge como um exemplo próximo do que é Bacia Hidrográfica. Por sua proximidade da comunidade acadêmica da UFPA e dos bairros Canudos, Guamá, Marco e Terra Firme, se torna importante discutir suas problemáticas com a população.
Com o objetivo de aproximar a população do rio Tucunduba, surge o projeto “Práticas Vivenciais para o Reconhecimento de Bacias Hidrográficas Urbanas”. Em parceria com a organização Ame o Tucunduba, os organizadores, bolsistas e voluntários propõem a realização de atividades teóricas e práticas que criam novos olhares sobre o rio e novas formas das pessoas se conectarem a esse espaço.
“A gente só tem a visão da foz, que é a visão que corta a cidade universitária. E assim como a gente já tinha visto em outros trabalhos, as pessoas só tem uma visão pontual daquela região do rio, seja ela positiva ou negativa. Então quando a Micaela (Valentim, da Ame o Tucunduba) trouxe a proposta de reconhecer toda a Bacia Hidrográfica, eu achei que ela trouxe algo diferenciado tanto para os nossos alunos tanto para a população que vive em torno da bacia”, afirma a professora da Faculdade de Oceanografia, Dra. Sury Monteiro.
Entre as propostas do projeto, estão expedições na Bacia Hidrográfica do Tucunduba com os participantes da ação. Dessa forma, a equipe do projeto e da Ame buscam a reaproximação da comunidade com rio e fomentar discussões sobre aquela realidade social e ambiental no qual estão inseridos.
Para Micaela Valentim, como voluntária da AME e graduada em Oceanografia, muitas vezes há a dificuldade de repassar o conhecimento produzido na instituição para a sociedade. Além disso, há situações onde o aluno elabora determinado projeto, o executa durante um período e depois de certo tempo não há mais proveito. “O maior ganho dessa parceria da AME com o projeto é que a gente consegue fazer algo contínuo e fazer algo grande”.
Para saber mais sobre o projeto Práticas Vivenciais para o Reconhecimento de Bacias Hidrográficas Urbanas e a parceria com a organização Ame o Tucunduba, acompanhe esta edição do UFPA Comunidade. O programa conta com a participação da professora Profª Dra. Sury Monteiro, da Faculdade de Oceanografia, coordenadora do projeto; da bolsista do projeto, Amanda Almeida, estudante de arquitetura e urbanismo; e da integrante do coletivo AME o Tucunduba, Micaela Valentim, bacharel em Oceanografia. Não perca!
Apresentação: Fabrício Queiroz
Produção e roteiro: Giullia Moreira
Gravação e Montagem: João Nilo e Éder Monteiro
O UFPA Comunidade vai ao ar todas às sextas-feiras, às 10h e 21h.
Horários alternativos: domingo, às 15h / terça-feira, às 15h.