Projeto Porto Futuro – Revitalização da Zona Portuária de Belém

Localizado à margem direita da baía de Guajará, a 120 Km do Oceano Atlântico, o porto de Belém tem grande potencial econômico, turístico e urbanístico. No entanto, pelo menos 2 Km de sua extensão é considerada subutilizada, o que se configura um desperdício de espaço público em pleno Reduto, um dos bairros centrais da cidade que, pela falta de movimentação na área, acaba se tornando ponto para comercialização e consumo de drogas e moradia para pessoas em situação de rua, desassistidas pelo poder público.

Em um cenário como esse, uma perspectiva de revitalização poderia não apenas beneficiar o funcionamento do porto, melhorando o escoamento da produção local em benefício da economia, mas também devolvendo à população da capital paraense uma rica área de fruição do espaço público.

É sob essas perspectivas que vem se promovendo o projeto Belém Porto Futuro, iniciativa da Secretaria de Portos da Presidência da República. Segundo a secretaria, o objetivo do projeto é revitalizar a região que vai do fim da avenida Visconde de Souza Franco até a Companhia Docas do Pará (CDP), além de criar novos espaços voltados para a cultura e lazer.

A idealização do Porto Futuro vem desde 2014 e tem o início das obras previsto já para o segundo semestre de 2017. Entretanto, passada a terceira audiência pública, no dia 11 de janeiro deste ano, o projeto ainda é pouco divulgado e debatido entre a população e entidades da sociedade civil.

Entendendo a necessidade de provocar questionamentos e esclarecimentos sobre tal proposta de intervenção de grande porte em pleno centro de Belém, o programa UFPA Debate desta semana conta com a participação da professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFPA, Roberta Rodrigues; do Superintendente Substituto do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), Cyro de Almeida Lins e do geólogo, membro do movimento Orla Livre e do Observatório Social De Belém, José Francisco Ramos. Em discussão, suas perspectivas sobre as demandas urbanísticas, patrimoniais e sociais que uma obra como essa deve atender.

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