Na atualidade, estamos cada dia mais conectados e envolvidos pela tecnologia. Um carro, por exemplo, tem uma série de sistemas computacionais que controlam seu funcionamento, como a injeção eletrônica. São os chamados sistemas embarcados, dedicados a aplicações bem específicas, ao contrário de um computador, que realiza vários tipos de tarefas. Outros exemplos de equipamentos que têm sistemas embarcados são controles remotos, impressoras, aparelhos celulares, modens e smart TVs.
Na UFPA, um grupo realiza pesquisas e atividades envolvendo esse tipo de tecnologia. É o Laboratório de Sensores e Sistemas Embarcados – LASSE, ligado ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica (PPGEE), tema do UFPA Pesquisa dessa semana. Para conhecer melhor o trabalho do grupo, a Rádio Web recebeu o professor Aldebaro Klautau Júnior, coordenador do LASSE, o professor Adalbery Castro, do curso de Engenharia da Computação, e Igor Auad Freire, doutorando do PPGEE.
No bate-papo, os convidados abordam as principais áreas de atuação do grupo, em ensino, pesquisa e extensão, sobretudo na área de telecomunicações, envolvendo parcerias com outras instituições e também empresas. Mas os projetos não se resumem às telecomunicações. O LASSE também desenvolveu uma parceria com a Embrapa no projeto Amazon Hidroview, para aumentar a produtividade do açaí por meio de sensores que verificam a necessidade de irrigação dos cultivos em terra firme. O grupo criou ainda uma tecnologia gratuita, disponível em falabrasil.ufpa.br, para converter texto em fala e ajudar pessoas que têm deficiências nessa habilidade.
Na área da extensão, o professor Adalbery coordena um projeto que leva conhecimentos de eletricidade, eletrônica e programação de computadores para alunos do Ensino Médio. Já o professor Aldebaro está à frente do Celcom, que, por meio de um link com a UFPA, leva telefonia e internet a regiões remotas e não atendidas pelas operadoras, como a Floresta Nacional de Caxiuanã. “O objetivo do LASSE é atingir um patamar de excelência acadêmica, mas mantendo atenção para os problemas da região. É gratificante publicar trabalhos, mais gratificante ainda é ver o sorriso de um garoto de uma localidade que recebeu internet, conta o professor Aldebaro.