MALALAS – Mulheres Amazônidas e Latino Americanas na Literatura e nas Artes

“UFPA Pesquisa – MALALAS”

UFPA Pesquisa

Rádio WEb UFPA

MALALAS – Mulheres Amazônidas e Latino Americanas na Literatura e nas Artes é o projeto em destaque nesta edição especial do UFPA Pesquisa, em homenagem ao Dia Internacional das Mulheres. Sobre o trabalho e ações do grupo de estudos, a jornalista Elissandra Batista conversa com a coordenadora Cristiane Mesquita, professora e vice-diretora da Faculdade de Letras Estrangeiras Modernas (FALEM/UFPA).

Criado em 2021, o grupo de pesquisa MALALAS estuda o protagonismo feminino de Mulheres Amazônidas e Latino Americanas na Literatura e nas Artes. Embora, recente na Universidade Federal do Pará, o MALALAS é resultado do trabalho de 20 anos de pesquisas realizadas pela professora Cristiane Mesquita nas escolas de educação básica.

“Nas minhas ações durante o ensino básico, eu sempre trabalhava com grupos de leituras onde tinham meninas que liam obras de meninas. Então o MALALAS nasce da minha inquietação como leitora e também de fazer com que as minhas alunas e alunos percebessem a importância da identidade plural desde a escola. Ai quando eu cheguei na UFPA, o MALALAS começou como um ciclo de leitura, depois virou um grupo de pesquisa e agora já está se transformando em um coletivo feminista”, conta Cristiane Mesquita.             

Ultrapassando os muros da Universidade, o MALALAS atua com cinco linhas de pesquisa: Literatura Brasileira e Latino-Americana, Literatura de Expressão Amazônica, Literatura de Vertentes Fantásticas e Sobrenaturais, Literatura Amefricana – que é a literatura escrita por mulheres negras nascidas na américa latina – e Narrativas de Mulheres Surdas. 

De acordo com Cristiane Mesquita, o MALALAS busca valorizar principalmente a literatura das margens. Assim, o foco principal nos estudos do grupo são mulheres escritoras não canônicas. Ou seja, são aquelas escritoras que não estão dentro das universidades e que ainda são pouco conhecidas pelo grande público.

Como exemplo disso, a professora cita um projeto pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) denominado “Narrativas de Mulheres Surdas: ‘espaços’ de escuta-voz”. O objetivo é produzir um catálogo sobre a experiência dessas mulheres na literatura, para contribuir com a inclusão desse grupo que ainda vive à margem da sociedade.

A coordenadora do MALALAS ressalta, ainda, que as lutas feministas já alcançaram muitas conquistas ao longo da história. Mas ainda é preciso estudar, entender e divulgar o conceito e as ações, principalmente, para desmitificar a visão patriarcal e machista de que o feminismo visa tomar o lugar do homem na sociedade. Quando, na verdade, o feminismo luta pela equidade de gênero.

Uma necessidade que ainda requer muita luta para que todas as mulheres possam continuar vivas, como ressalta a professora Cristiane. “Quanto mais nós estudarmos sobre nós, quanto mais nós lutarmos pelo nosso lugar de fala, quanto mais nós nos preocuparmos com as histórias das nossas irmãs, nós vamos nos manter vivas porque uma mulher que tem uma consciência de educação feminista é uma mulher que luta pela própria vida. E quanto mais lutamos pelos nossos direitos menos violências vamos sofrer”

No UFPA Pesquisa, a coordenadora do MALALAS também destaca um pouco da história de vida dela marcada pelo amor a literatura e a educação, processos que permitiram a então empregada doméstica transformar a própria vida, até realizar o sonho de fazer um pós-doutorado na Universidade de São Paulo (USP), que é considerada uma das maiores instituições de ensino superior do Brasil.

Além disso, no programa, você fica por dentro de todas as atividades realizadas pelo Mulheres Amazônidas e Latino Americanas na Literatura e nas Artes, incluindo o clube de leitura MALALAS-LER. E neste mês especial do dia internacional das mulheres, a professora Cristiane também indica escritoras paraenses que devem ser obrigatórias para todos os gêneros: Monique Malcher, Maria Lúcia Medeiros, Eneida de Moraes e Adalcinda Camarão.

Apresentação: Elissandra Batista

Produção: Lívia Leoni

Gravação e montagem: João Nilo e Denize Ramos

Supervisão e edição: Elissandra Batista

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