Minidicionário Digital da Língua de Sinais Munduruku

O Minidicionário Digital da Língua de Sinais Munduruku é o destaque desta edição do UFPA Pesquisa. Sobre a iniciativa, o jornalista Fabrício Queiroz conversa com Ivanilton Ferreira, professor substituto da Universidade do Estado do Pará (UEPA).

O Minidicionário Digital da Língua de Sinais Munduruku foi produzido durante o mestrado do professor Ivanilton, no Programa de Pós-Graduação Criatividade e Inovação em Metodologias de Ensino Superior (PPGCIMES-UFPA). O produto digital contém 59 sinais-termos usados por surdos da etnia Munduruku  da aldeia Carapanatuba, localizada no município de Jacareacanga, Pará.

Desenvolvido nas disciplinas do mestrado, o dicionário foi pensado com base em pesquisas que divulgam os índices de educação para indígenas surdos, como forma de conhecer o cenário brasileiro. O objetivo do trabalho é contribuir com a formação dos professores de licenciatura, por meio do aprendizado da linguagem de sinais usada na comunidade Munduruku, da aldeia Carapanatuba.

O professor Ivanilton chama a atenção para a carência de profissionais especializados na educação acessível, pontuando que as aldeias indígenas são umas das parcelas mais negligenciadas. Ele comenta que essa falta é uma responsabilidade dupla: das universidades, na formação acadêmica dos professores, e, principalmente, por falta de políticas públicas efetivas dos governos que não demonstram preocupação com o tema.

“O fato de ser professor, pesquisador da educação especial e chegar nas aldeias, não ter a estrutura, não ter professor especialista, não ter material didático… Aquilo, de certa forma, me deixou inquieto, me incomodou muito. Quando eu prestei o processo seletivo do PPGCIMES, já levei essa proposta: eu queria desenvolver um produto que pudesse contribuir no processo de ensino e aprendizagem, tanto dos estudantes surdos da educação básica, mas também que isso pudesse chegar até o professor”, comenta Ivanilton sobre o objetivo da criação do Minidicionário.

Além da Língua de Sinais Munduruku, o Minidicionário também contém a Língua Brasileira de Sinais, a Língua Munduruku na modalidade escrita e a Língua Portuguesa escrita. O professor conta que a inserção de todas essas línguas foi pensada tanto como estratégia para difundir o projeto ao público, quanto para relacionar as sinalizações com as modalidades escritas, pois uma depende da outra.

Para conhecer todos os detalhes da criação e do desenvolvimento do Minidicionário Digital da Língua de Sinais Munduruku, não perca essa edição do UFPA Pesquisa. O programa vai ao ar toda quinta-feira, às 11h, com reprise na terça-feira, às 20h.

Apresentação e roteiro: Fabrício Queiroz

Produção: Fabrício Queiroz e Giovanna Martini

Gravação e montagem: João Nilo

Supervisão e edição: Elissandra Batista     

Crédito da foto:  FUNAI/PPTAL/GTZ(2008)

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