Esporte Paralímpico Escolar

O programa UFPA Ensino discute nesta edição o Esporte Paralímpico Escolar. Para tratar o tema foram convidados o professor de educação física da UFPA Anselmo Costa e Silva, as professoras do Departamento Paralímpico do Núcleo de Esportes e Lazer (NEL/SEDUC) Cleia Pereira e Kellen Machado, e o graduado em educação física e atleta paralímpico Jorge Magno Carvalho.

Jorge Magno Carvalho se formou em educação física na UFPA, e conciliou a rotina acadêmica com a vida de atleta paralímpico. A dedicação se traduziu em medalhas e indicações a prêmios esportivos. O jovem, que sonha em participar de uma paralimpíada, avalia o modo como a sociedade tem olhado para o esporte voltado às pessoas com deficiência. “O esporte paralímpico é visto para a maioria das pessoas como superação. Mas não é só isso. A superação também existe nos outros esportes. Tem que ser ressaltado o que a gente consegue alcançar a partir da prática do esporte paralímpico ”.

Esta visão é compartilhada pelo professor da UFPA Anselmo Costa e Silva. Segundo o pesquisador, o atleta paralímpico visa a competitividade do mesmo modo como o atleta convencional. Logo, o destaque que se dá à superação quando se fala em esporte para pessoas com deficiência está errado. O professor ressalta ainda a importância de se abordar o conteúdo do esporte paralímpico em sala de aula. “Uma aula deve ser inclusiva independente de ter aluno com deficiência ou não”, garante o pesquisador. Para a prática de esportes nas escolas, ele afirma que os esportes que dependem da aquisição de menos materiais são mais acessíveis, como atletismo, goalball e a bocha.

Uma alternativa para driblar os custos dos materiais é usar a criatividade, como explica a professora do NEL Kellen Machado. “O NEL/SEDUC ao realizar formações com professores, principalmente do interior do Estado, além de levar o material próprio da modalidade, capacita os professores a confeccionar e utilizar material alternativo”. Para a profissional, a adaptação é a palavra-chave para se implementar qualquer atividade voltada para pessoa com deficiência.

As políticas públicas voltadas para atletas com deficiência ainda precisam melhorar, mas o Estado do Pará tem lugar de destaque no cenário brasileiro, é o que garante a professora Cleia Pereira do NEL/SEDUC. “ O Pará é um celeiro de atletas. Nós vemos pelas paralimpiadas escolares. Ano passado foi o terceiro estado em número de medalhas. Nós temos atletas que já saíram do esporte escolar e já estão empregados em clubes de São Paulo”.

Os convidados compartilham outras experiências como os projetos de ensino, pesquisa e extensão relacionados ao esporte paralimpico, a qualificação profissional para trabalhar nas escolas, currículo na graduação de Educação Física e as parcerias institucionais que têm fortalecido a prática no Estado. Para saber mais confira o programa.

Apresentação: Fabrício Queiroz
Produção e roteiro: Erlane Santos
Gravação e montagem: João Nilo Ferreira
Supervisão e edição: Elissandra Batista e Fabrício Queiroz
Foto: Comitê Paralímpico Brasileiro

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