As Veias Abertas da Volta Grande do Xingu

O Seminário “As Veias Abertas da Volta Grande do Xingu – Uma Análise dos Impactos da Mineradora Belo Sun Sobre a Região Afetada por Belo Monte”, vai ser realizado nos dias 28 e 29 de novembro, em Belém. O objetivo do evento é discutir o projeto de implantação da mineradora Belo Sun, que pretende operacionalizar a maior mina de ouro à céu aberto do mundo, na Volta Grande do Rio Xingu, no sudoeste do Pará.

Apontar os potenciais impactos e avaliar o processo de implantação do empreendimento do ponto de vista social, ambiental, jurídico e econômico estão na pauta do seminário que vai contar com a participação de diversas instituições de pesquisa e representação da sociedade, além das próprias cominidades que serão diretamente atingidas.

No primeiro dia, 28 de novembro, o evento começa às 15 horas, com a mesa de debate “Impactos da Presença da Belo Sun na Volta Grande do Xingu”, no auditório Paulo Freire, na Universidade Estadual do Pará.  A discussão vai ser moderada por Raimundo Miguel Pereira, da Universidade Estadual do Pará (UEPA), e a abertura será feita pela professora Marize Duarte, também da UEPA.

A mesa 01 também contará com a presença de Ana Elaide, do movimento Xingu Vivo Para Sempre, que vai destacar a situação atual da Volta Grande relatando a herança deixada por Belo Monte, o impacto sobre as comunidades, a violência em Altamira e as novas ameaças com a instalação da Belo Sun.

Representantes de outros movimentos sociais da Volta Grande também vão relatar a situação dos moradores locais e os problemas já enfrentados com a chegada do projeto. Além disso, está prevista a participação da Cooperativa dos Garimpeiros da Ressaca Itata, Galo, Ouro Verde e Ilha Fazenda (COOMGRIF), discutindo a situação dos garimpeiros tradicionais na área já adquirida pela mineradora.

Também participará da mesa 01, Verena Glass, da Fundação Rosa Luxemburgo, apresentando um resumo sobre o estudo “As Veias Abertas da Volta Grande do Xingu – Uma Análise dos Impactos da Mineradora Belo Sun Sobre a Região Afetada por Belo Monte”, realizado pela Fundação em parceria com o Movimento Xingu Vivo.

Ainda no primeiro dia do seminário, a mesa 2 denominada “Processo de Licenciamento e Questões Jurídicas” será moderada por Raimundo Miguel Pereira, da UEPA. O debate vai iniciar com a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade, explicando o processo de licenciamento da Belo Sun. Em seguida, Helena Palmquist, do Ministério Público Federal (MPF) e Andreia Barreto, da Defensoria Pública do Estado (DPE), destacarão as questões jurídicas que levaram a apresentação de ações contra o empreendimento.

Lucieli Martins, da UEPA, comentará sobre os aspectos gerais da mineração no Estado e os impactos sobre as comunidades tradicionais. Em seguida, Charles Trocate, do Movimento Atingidos Pela Mineração (MAM), vai comentar os conflitos e prejuízos na região de mineração.

Um debate que reunirá os componentes das Mesas 1 e 2 deve encerrar o primeiro dia de seminário, com moderação feita por Dion Monteiro, do Comitê Metropolitano do Xingu. A plateia e componentes da mesa poderão participar com perguntas e colocações sobre os temas abordados.

O segundo dia, 29 de novembro, do Seminário Veias Abertas da Volta Grande do Xingu acontecerá no Auditório do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas (ICSA), na Universidade Federal do Pará. A programação também iniciará, às 15 horas, com a mesa denominada “Povos Tradicionais Vulneráveis aos Impactos do Projeto de Desenvolvimento Predatório na Amazônia”, coordenada pelo Movimento Xingu Vivo.

Participarão do debate: José Pereira, vice presidente da Cooperativa dos Garimpeiros da Ressaca Itata, Galo, Ouro Verde e Ilha Fazenda (COOMGRIF); Leusa Munduruku, representante do Movimento Barcarena; representantes dos agricultores da Volta Grande (VG) e do Movimento Atingidos Pela Mineração (MAM).

Para o segundo dia da programação, também está prevista a mesa “Projetos, Ações e Alternativas ao Desenvolvimento”, que contará com a participação de Andréa Barreto, da Defensoria Pública do Estado; Elielson Silva e outros professores de Geologia ou Economia em Mineração da Universidade Federal do Pará; agricultores da Volta Grande; Rosa Acevedo, pesquisadora do Núcleo de Atos Estudos Amazônicos (NAEA) da UFPA; Thiago Sabino, que apresentará a Nova Cartografia Social, junto com Luana Dimitria, do movimento Xingu Vivo.

Em seguida acontecerá um debate, que reunirá integrantes das duas mesas anteriores. A plateia e os componentes poderão fazer perguntar e colocações sobre os temas abordados no segundo dia do evento.

 

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