Nesta edição do Universidade Multicampi o destaque é o projeto de pesquisa Narrativas de pessoas idosas homoafetivas sobre memórias de infância, condições de vida no presente e perspectivas de existência na velhice nas cidades de Belém e Castanhal no estado do Pará.
O projeto desenvolvido pelo professor doutor Dário Azevedo dos Santos, estuda as memórias da infância, educação, envelhecimento, sexualidade, dentre outras questões que envolvem idosos homoafetivos.
No programa o professor diz que a pesquisa busca não só registrar, mas assegurar as narrativas das memórias dos idosos homoafetivos, que são sujeitos com histórias invisibilizadas pela sociedade. Esses estudos também são uma forma de resgatar, registrar e documentar a biografia dessas pessoas.
Dário Azevedo conta ainda que velhice não é sinônimo de morte. “Quando eu digo que estou trabalhando a infância, eu estou trabalhando a narrativa sobre a infância, remetendo esse sujeito idoso hoje, centenário, ao seu passado e quando ele vai até o seu passado, recuperando e fazendo essa escavação de memórias ele traz muitos pontos marcantes; desde pontos que são emotivos e afetivos como aspectos que são ligados a sua condição social e econômica. Mas, sobretudo, trazer dentro dessas marcas aquilo que ainda pode servir como uma possibilidade real de dizer que não se entende mais o velho apenas como um recipiente chegando ao final da vida”, explica.
O professor traz também dados estatísticos que apontam que os idosos heterossexuais possuem uma longevidade de vida maior que a dos homossexuais. A média de vida de um idoso hétero é de 73 a 75 anos, já a de um homo é de 50 a 60 anos. A pesquisa indica que isso ocorre em conseqüência da violência, do preconceito e da discriminação sofridas por essas pessoas.
A dificuldade de encontrar pessoas que aceitem falar sobre o assunto, a metodologia usada nos estudos, o olhar sobre o envelhecimento e a infância na sociedade, assim como os resultados dessa pesquisa que deram origem ao livro Vias e trajetos de escolarização de sujeitos homoafetivos velhos (2018) estão na pauta dessa edição do Universidade Multicampi.
Para saber mais, não perca o programa e conheça o projeto de pesquisa Narrativas de pessoas idosas homoafetivas sobre memórias de infância, condições de vida no presente e perspectivas de existência na velhice nas cidades de Belém e Castanhal no estado do Pará, desenvolvido no campus da UFPA em Castanhal.
Apresentação: Fabrício Queiroz
Produção e roteiro: Roberta Pureza
Gravação e montagem: João Nilo Ferreira
Supervisão e edição: Elissandra Batista e Fabrício Queiroz
O Universidade Multicampi vai ao ar às terças-feiras, às 10h e 21h.
Horários alternativos: Quinta-feira, às 15h; e Sábado, às 19h.