Faculdade de Desenvolvimento Rural da UFPA

A Faculdade de Desenvolvimento Rural, do Instituto Amazônico de Agriculturas Familiares (INEAF), está em destaque no UFPA Ensino. No programa, o professor Philippe Sablayrolles, atual diretor da faculdade, e a estudante Amanda Lana destacam os desafios, a formação interdisciplinar, o mercado de trabalho e a atuação responsável para melhorar a qualidade de vida das populações rurais amazônidas.

Assim, desde 2018, o curso tem por objetivo formar profissionais para o planejamento do desenvolvimento rural sustentável e a gestão de unidades de produção agrícola, com ênfase nos atores rurais que vivem em comunidades ribeirinhas, extrativistas, quilombolas, indígenas e assentamentos de terra.

Além de provocar uma transformação social no espaço rural amazônico, para o professor Philippe Sablayrolles, o curso se difere das demais ciências agrárias por se concentrar nas pessoas.

“O curso visa dar instrumentos para os profissionais aturem em conjunto com as comunidades e as suas organizações, promovendo o desenvolvimento rural de forma participativa com os atores rurais, levando em consideração seus contextos, suas problemáticas e a maneira como as políticas públicas as enxergam”.

Além disso, o desafio do curso se insere tanto no contexto da democratização da sociedade brasileira, ao fomentar a importância dessas comunidades em espaços deliberativos, quanto na diversidade existente na Amazônia, pois a região possui um mosaico de ocupações, práticas agrícolas e modelos de desenvolvimento rural totalmente distintos.

“Por exemplo, em Santarém, coexistem plantações de soja, um modelo semelhante ao do Mato Grosso, comunidades ribeirinhas desde a colonização portuguesa e quilombos. Lidar com esse mosaico complexo e diversificado é o desafio que precisamos enfrentar”, ressalta Philippe Sablayrolles.

Cursando o 9° período, a estudante Amanda Lana destaca que optou pela graduação interessada, especialmente, nas viagens das aulas práticas do curso. Mas depois de conhecer melhor o cursos, ela conta que se identificou ainda mais com a área.

“Com o passar do tempo eu percebi que, o que me chamou atenção junto com a grade curricular foi a proximidade do curso com as minhas raízes familiares porque a minha família é de ribeirinhos e de quebradeiras de coco babaçu do Maranhão também. Eu fui entendendo isso no decorrer dos anos com o curso. Eu consegui entender a dinâmica da minha família até onde a gente chegou. Abriu a minha mente para entender todo o contexto rural porque apesar de ter raízes assim eu nunca tinha parado para pensar ou prestar atenção nesse fato”.

As percepções da Amanda se aprofudandaram, principalmente, depois das experiências que ela viveu nas viagens de campo, quando os alunos podem ver na prática a realidade rural amazônica, uma das formas de consolidar, ainda mais, o conhecimento repassado em sala de aula.

“Quando a gente está lá é muito diferente porque a gente passa a ter ideia do que a gente estava lendo. E quando a gente volta, a gente volta consolidado, a gente já consegue ajudar os professores e pontuar o que pode ser desenvolvido ou não durante o semestre”, explica Amanda Lana.

Para saber mais sobre a história da Faculdade de Desenvolvimento Rural, o desempenho e as conquistas, não perca esta edição do UFPA Ensino.